Tinta spray, etiquetas autoadesivas e nanquim sobre CDs + aparelho de som e fones de ouvido.
A instalação é composta por vários CD’s pintados de branco (cobrindo assim qualquer informação sobre seu conteúdo), 9 CD’s “manchados” de preto (nos quais tampouco é possível ler nenhuma informação ao seu respeito), um aparelho de som e fones de ouvido para poder ouvir o conteúdo destes CD’s.
A proposta da instalação interativa é que os visitantes possam escolher qualquer um dos CDs “manchados” com tinta preta, e coloca-los para tocar no CD player. Pois é SOMENTE assim que poderão descobrir se lhes agrada ou não. E, para que o entorno não influencie de manheira alguma na experiencia, são fornecidos fones de ouvido.
Esta obra se propõe chamar à reflexão sobre a questão do preconceito, que pode se manifestar em relação a música, literatura, religião, sexualidade, etnias, etc., pois há de se conhecer o conteúdo antes de decidir se agrada ou não de maneira individual. Mas, acima de tudo, deve-se respeitar! Exceto no caso do paradoxo da tolerância apontado pelo filósofo da ciência austríaco Karl Popper em seu livro The Open Society and Its Enemies. O paradoxo trata da ideia de que, no ambiente social, a tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. O autor enfatiza, no entanto, que a proibição de ideias intolerantes, desde que contrariadas por argumentos racionais, seria imprudente, mas o direito à proibição pode ser reivindicado quando tais ideias deixam a racionalidade de lado e tentam se impor por meio da violência.
CDs ofertados para a escuta:
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Fabiana Cantilo - Inconciente colectivo
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Música em espanhol - Coletânea
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Fito Páez - A rodar
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Massacre - La epidemia
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Soda Stereo - Música ligera
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Gustavo Cerati - De ja vú
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Molotov - El mundo
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Rodriguez
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Moby - 18
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Bajofondo - Tango club
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Duran Duran - Baladas
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Anthrax - Sound of the white noise
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Tributo a Creedence
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Led Zeppelin - IV
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Legião Urbana - Coletânea